segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
FELIZ RECOMEÇO - 2010
domingo, 29 de novembro de 2009
ATO MÉDICO: O QUE ESTÁ POR TRÁS DISSO!?

Muitas manifestações contra e a favor do projeto de lei 7. 703/2006, mais conhecidocomo "ato médico", estão sendo maciçamente divulgadas nos diversos meios de comunicação, mas poucos têm falado sobre a essência desse projeto: trata-se, na realidade, da regulamentação do mercado de saúde, e não da regulamentação da medicina, como querem fazer crer.
Segundo os defensores desse projeto de lei, há a necessidade de regulamentar a profissão, que seria a única dentre as demais da área que não está devidamente regulamentada. Será? A medicina foi uma das primeiras profissões a serem regulamentadas no Brasil, já em 1808, com o decreto imperial quefundou a primeira escola de medicina no país e que, a partir daquele momento, estabeleceu também as diretrizes dessa profissão. Em 1826, regulamentou-se a exclusividade de licenciatura às escolas de medicina. Em 1830, foi fundada a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, que, entre as várias incumbências, estabelecia as normas para o exercício da medicina.
Nos anos que se seguiram, foram editados vários outros decretos e leis, até que, em 13 de setembro de 1945, editou-se o decreto-lei 7.955 (posteriormente substituído pela lei 3. 268, de1957), que criou os conselhos federal e regionais de medicina.
Portanto, fica evidenciado que a profissão de médico há muito é regulamentada, já que o pré-requisito básico para a criação de um conselho profissional é a existência legal daquela profissão.
Então, por que regulamentar algo que já é regulamentado? A resposta para essa pergunta encontra-se na resolução 1.627/2001 do Conselho Federal de Medicina, que explicita os verdadeiros motivos da tão empenhada luta pela regulamentação da profissão: "considerando que o campo de trabalho médico se tornou muito concorrido por agentes de outras profissões (...); considerando que, quando do início da vigência da lei 3.268/57, existiam praticamente só cinco profissões que compartilhavam o campo e o mercado dos serviços de saúde (...)".
As frases compiladas da resolução 1.627/2001 do CFM, que deu origem ao projeto de lei do ato médico, falam por si só. É da preservação do campo de trabalho médico e do mercado de saúde que trata o projeto 7.703/2006. Temos lido e ouvido discursos nobres pela qualidade da saúde pública e da assistência de saúde à população.
Todas as profissões de saúde buscam por isso, mas sem reserva de mercado e dentro de suas competências. Uma vez que o projeto estabelece que o acesso aos serviços de saúde oferecidos pelas diversas profissões só poderá acontecer após uma consulta médica (é o que diz as linhas e entrelinhas do projeto de lei), os custos financeiros e sociais se elevarão de maneira geométrica.
Haverá uma pressão enorme pela elevação da remuneração médica. Planos de saúde repassarão aos usuários as novas despesas, encarecendo suas mensalidades. As consultas particulares sofrerão aumentos, pois, como qualquer outro serviço ou produto, os serviços médicos não escapam das leis de mercado.
Já a saúde pública, que, apesar de continuar trôpega, melhora seus índices a cada ano, sofrerá um golpe mortal, pois grande parte das políticas públicas interdisciplinares elaboradas nos últimos anos pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Saúde será destruída se esse projeto de lei for aprovado no Senado.
A assistência de saúde ficará refém daquele tipo de corporativismo que não mede esforços para fazer prevalecer seus ideais. Será que devemos desconsiderar a evolução técnica e científica que as profissões da saúde conquistaram em todos esses anos? Será que devemos esquecer sua contribuição para o desenvolvimento da assistência da saúde no país em benefício de uma única profissão?
Devemos lutar para que esse projeto de lei seja modificado em alguns aspectos, visando à preservação da autonomia das profissões de saúde. Não sendo possível sua modificação, que seja rejeitado pelo Senado Federal, pois sua aprovação, da maneira em que se está, trará prejuízos aos profissionais da saúde, para a população de menor poder aquisitivo e para aqueles que dependem da assistência pública de saúde.
Alceu Eduardo Indalencio Furtado: fisioterapeuta, é secretário-geral da Associação de Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil e diretor regional do Sindicato Catarinense de Fisioterapia e Terapia Ocupacional
(Fonte: Folha de S. Paulo, 24/11/2009)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
ATÉ QUANDO ESPERAR!? ATÉ QUANDO OS CALHORDAS QUISEREM!?

quarta-feira, 16 de setembro de 2009
CAMPANHA FAVELA É CIDADE

"Só porque moro na favela, sou tratado como bandido."
"Pra conseguir emprego não posso dizer que moro na favela."
"No asfalto a polícia usa mandado. Na favela, mete o pé na porta."
Visite o site do Pacto pela Cidadania (http://www.pactopelacidadania.org.br) e saiba mais sobre a pesquisa de percepção que trouxe à tona pensamentos como esses.
Leia também sobre a importância do PAC/Favelas e vote na enquete: Quem deveria acompanhar a implementação do PAC/Favelas?
Use o banner em suas mensagens de e-mail, blog e websites e ajude a aumentar o debate e a reflexão em toda a cidade!
Fonte: CEBES (Centro Brasileiro de Estudos de Saúde - http://www.cebes.org.br)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
OURO DE TOLO

E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Ah
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
(...)
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar (...)"
sábado, 29 de agosto de 2009
Abaixo Assinado - Gastão Wagner de Sousa Campos - I
Em Campinas (3/6), 250 pessoas compareceram ao ato público em defesa de Gastão Wagner, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), arrolado injustamente em processos civis e criminais pela aquisição de materiais permanentes quando secretário-executivo do Ministério da Saúde (MS), por meio de convênios celebrados com entidades de saúde, cujos recursos estavam atrelados a emendas parlamentares e repassados regular e legalmente pelo MS, mas executados ilicitamente pelas entidades receptoras. "Foi um momento de grande emoção pois, além das pessoas presentes ao ato, centenas de mensagens de apoio foram encaminhadas ao Gastão e aplaudidas publicamente", informa o sanitarista Gilson Carvalho, em sua Domingueira nº 468, publicada no site do Idisa.
Fonte: http://www.cebes.org.br/
Abaixo assinado - Gastão Wagner de Sousa Campos - II
Ativo construtor do Sistema Único de Saúde (SUS) desde os seus primórdios, sua constante preocupação como professor, pesquisador, sanitarista ou gestor foi a articulação da teoria e da prática em função da humanização da atenção, da democratização dos serviços de saúde, e da ativa participação e organização da sociedade para a defesa dos seus direitos e a solução dos problemas dos usuários do SUS. É por isto que, os que abaixo assinam, querem expressar total apoio e solidariedade a Gastão Wagner de Sousa Campos e exigimos que a justiça seja feita.
sábado, 22 de agosto de 2009
NOTA DE REPÚDIO MST - I
NOTA DE REPÚDIO MST - II

1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.
2. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.
3. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.
4. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.
5. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.
6. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.
7. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.
8. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.
Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!
Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!
Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!
domingo, 16 de agosto de 2009
A nós a liberdade (Renné Clair - 1931)

O filme trata do trabalho estranhado, do amor e do ódio como sentimentos compreendidos social e politicamente aburguesados, colados à classe social em sua essência, determinada pelo Capital e por meio de atos políticos.
Está presente a contradição entre as forças produtivas e as relações de produção, o irracionalismo da sociedade do Capital que coloca o trabalho como uma força estranha, como os próprios sentimentos e ações do trabalhador diante de suas potencialidades humanas, que alienadas se dissolvem, mistificando a realidade.
O Terror, a prisão, a fuga, a perseguição, a vigilância e o medo, fazem parte de violência silenciosa e/ou declarada que é dirigida como forma de “liberdade” (necessária) para aniquilá-la (uma vez que a nega).
É pela opressão e pela exploração, partindo do grupo para o individual e ao mesmo tempo do individual para o grupal, compreendendo uma circularidade de transformações que reafirma a alienação em todos os níveis.
Frente aos conflitos entre burguesia e proletariado, existe uma reciprocidade dupla. Na luta, cada adversário é atomizado, embora se reconhecendo mutuamente, expressam uma fusão, mostrando, com isso, o caráter ontológico do poder centrado na dinâmica do Capital.
O poder exercido tanto pelo patrão quanto pelo trabalhador/operário é para garantir a (re)produção política, econômica e social, intensificando o poder das instituições e do enclausuramento disciplinar.
Tanto faz de que lado se encontra o “poder maior”, porque na relação de dominação pelo poder despótico do Capital, acaba por se configurar uma “servidão voluntária”, constituindo-se a condição social como artimanha para os discursos alienantes, justificando, instaurando e simbolizando uma modalidade diferente de sociedade, a sociedade pré-moderna cm máquinas, instrumentos, cada vez mais lucrativos.
Percebe-se a razão e a ciência como objetos de exploração, transformando a natureza e os homens em apêndices, em objetos operacionalizados pelo mercado, fortalecendo a mais-valia pela modernização dos meios de produção, nos modos de administrar o trabalho nos meios de produção serializada.
É nesse processo de fetichização que se dá a inversão de valores, a subvalorização do homem, de sua dignidade, condenando-o a uma relação perversa com a natureza. Contemplando-a como exterior e vendo no trabalho penoso a servidão do corpo às máquinas, representantes “legítimas” do ideal de conquista da liberdade na sociedade totalizante. Ai reside a felicidade fantasiosa porque é diante da necessidade que reside o desejo de produzir. Essa é a lógica do progresso no Capital.
René Clair mostra o caráter histórico das necessidades humanas produzidas na sociedade e coloca a possibilidade para a transformação. Suas personagens principais são párias, perseguidos, explorados, minorias empobrecidas e discriminadas, sendo suas necessidades o desejo de por fim às suas condições e às instituições nas quais estão mergulhados. Nesse contexto, as regras do jogo são violadas, descortina-se a trapaça do jogo, as inquietações, o mal-estar no mundo do trabalho.
René Clair mostra como a sociedade industrial fabrica a ideologia das angústias no processo de produção, gerando necessidades cada vez maiores, ao mesmo tempo em que oferece “possibilidades” para a sua “satisfação”, que nunca devem cessar. Tanto os operários, quanto os patrões mantêm interesses do establishment como forma de atingir a “liberdade”/”felicidade”. Ele mostra as necessidades humanas falseadas, a liberdade desvalorizada e pervertida.
Como em tempos modernos, o autor nos mostra a perversão da sociedade industrial, a falsa ideologia do progresso, o trabalho estranhado, os sentimentos e emoções a felicidade e a liberdade, falseados e metamorfoseados em mercadorias.
sábado, 15 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
CONTRA A BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO MENTAL
terça-feira, 14 de julho de 2009
Juvêncio Arruda
Segue, abaixo, nota publicada no 5ª emenda, às 15:59h. de ontem (13/07):
"Prezados amigos, irmãos, companheiros e todos que acompanharam Juvêncio Arruda em suas andanças pelo 5ª Emenda e por tantos outros lugares. Não temos palavras para expressar nossa dor. No início da tarde desta segunda,13 de julho, nosso querido Juca se foi. Ele, que nunca fugiu do bom combate, de uma discussão acalorada, de uma farta gargalhada e nem de estar na presença de quem amava e admirava, hoje nos deixou. Seu velório acontece na Beneficente Portuguesa, em Belém a partir das 19h. O enterro será amanhã, no Cemitério de Santa Isabel, saindo da Beneficente Portuguesa às 10h."
Marise, Joyce, Lívia, Lygia, Lucas, Silvia, Ângela, Marcelo, Mirtes e Wilson.
Deixo meu pesar a todos os seus familiares e o sentimento de perda a toda categoria blogueira... Juvêncio, camarada... "a nós a liberdade!!!"
domingo, 14 de junho de 2009
Aprisionamento
Entrada de
Emergência.
Sorria. Você está sendo filmado.
Carro com cofre
chave na garagem.
de entrar.
Mantenha a
porta fechada.
Ao sair, apague
as luzes.
Não fale com
Motorista.
Em caso de emergência...
BBB
Big Brother Brasil.
Não entre sem permissão.
Desculpe o transtorno.
Vigilância
24 horas.
Escapamento
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Eu e Bourdieu
* Pierre Bourdieu morreu na noite do dia 23 de Janeiro de 2002, num hospital de Paris, aos 71 anos de idade.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Poetizando
Poética
Poetisa
poeta
Poetizar
Poetizando
Poetivivendo
Poeticontemplando

Poetirepresentando
Poetidizendo
Poetiadorando
Poeticontemplando
Poetieducando
Poeticonvivendo
Poetichamar
Poetichorar
Poetibrincar
Poetijogar
Poetisorrir
Poeticorrer
Poetilembrar
Poetiesquecer
Poetidormir
Poetiacordar
Poeticonscientizar
Poetipreservar
Poetipensar
Poetiecologizar
segunda-feira, 18 de maio de 2009

- vá e deixe a poesia brotar
Ouvi também este alguém dizer:
- Você tem poesia, por isso deixe-a desabrochar
Ouvi dizer, este alguém, também:
- Pegue caneta e papel, ou um gravador e comece a meditar
Este alguém, ouvi também dizer:
- Na rua, em casa, em qualquer lugar
Também ouvi este alguém dizer:
- Leia outras poesias e você conseguirá
Este alguém, também ouvi dizer:
- Revolte-se, denuncie, não se contente, saia do seu lugar
Também este alguém ouvi dizer:
- Use metáforas, hipérboles, onomatopéias e toda a sorte de figuras de linguagem
Ele me disse:
- Admire-se com o cotidiano, com o simples; com a vida...
- Importe-se com a vida, e produza vida.
- Mas acima de tudo, compartilhe sua vida. Ele me disse.
E aqui estou eu compartilhando a minha
Vida / veia poesia
Veia / vida prosa
Veia / vida poema
Vida / veia verso
E tantas outras vidas / veias
por onde transbordam e escapam
o que há de mais original em mim,
Vida / veia...