domingo, 17 de maio de 2009

Trabalho


trabalho há tempos, desde lá sei quando... e às vezes fico pensando o quanto trabalho pode valer pra mim e pra gente. Penso que pode valer muitas coisas. Pra ele, pode valer uma vida. Pra ela, pode valer uma vida e mais tantas outras. Pra gente, pode valer outras tantas e pra tantas outras, pode valer muitas e muitas... E, ainda pra poucos, pode valer muito pouco, não mais do que uma forma de não ver: ele, ela, a gente e tantos outros. Mas tem algo que eu aprendi sobre o trabalho; na vida vivida no trabalho, ou foi na academia!? Difícil explicar, Mas quem se importa? Talvez eu tenha aprendido realmente na vida no trabalho e, depois, na vida da academia. Aprendi que trabalho transforma a vida. A minha vida, a vida dele e dela, a vida da gente e tantas outras (todas) vidas... Aprendi também que se o trabalho transforma a vida, aprendi que a vida também transforma o trabalho e assim eles acontecem entrelaçados (uma espécie de Vitradabalho). É agora, daqui a pouco, é hoje, amanhã, depois de amanhã e assim a vida e o trabalho, nessa relação, se (trans)formam. E agora, fico me perguntando: Mas que transformação mútua é essa que hoje parece muito mais uma (re)produção? Produção de bens utilitaristas e venais, vidas e trabalho vendáveis no mercado e que sustentam outras tantas vidas, dele e dela, da gente e de outras tantas que acabam sendo mortas a cada instante do aqui e agora, daqui a pouco, hoje, amanhã e depois de amanhã... e assim vai-se morrendo e matando e levando qualquer coisa de mim, dele e dela, da gente... E os poucos; aqueles poucos... não sei lá como eles adormecem sossegados esperando a próxima matança!!!

Um comentário:

Vivi disse...

Caro Guilherme,
não sou de concordar com tudo o que o Freud dizia, mas com isso concordo: o homem é feito de amor e trabalho.
Isso é o que nos forma, o que nos mobiliza, o que nos faz viver ou morrer, criar ou reproduzir... não acha?
Adorei o blog! Vida longa!
Beijo