quarta-feira, 25 de maio de 2011

NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE EM LONDRINA

A saúde de Londrina tem muito a comemorar! Foi rechaçado no conselho municipal de saúde o projeto de Lei Orgânica para o município de Londrina proposto inicialmente pelo vereador Márcio Almeida do PSDB. Foram rejeitados todos os cinco projetos apresentados à câmara de vereadores que previam a privatização da saúde por intermédio de OSs e Fundações Estatais de Direito Privado.
A plenária ficou lotada. O movimento de saúde organizado da Zona Oeste de Londrina compareceu em massa; trabalhadores da maternidade também estiveram presentes e se fizeram ouvir. A rejeição aos projetos de lei privatistas, de OSs e Fundações Estatais de Direito Privado, que previam a entrega do patrimônio público, funcionários e capacidade instalada do estado para servir ao lucro de alguns empresários ou apadrinhados políticos foi derrubada pela organização da sociedade londrinense, que disse não à corrupção e à entrega do dinheiro público para quem está interessado em lucrar às custas do sofrimento da população.
Cartazes e faixas repudiaram as OSs, OSCIPs e Fundações Estatais de Direito Privado, os profissionais da maternidade também trouxeram as suas, exigindo a manutenção da maternidade como patrimônio de todos os londrinenses. A população se manifestou democraticamente e apoiou àqueles que votaram a favor da saúde pública, livre de terceirizações e privatizações.


http://forumpopularlnd.blogspot.com/2011/05/vitoria-da-organizacao-popular.html

3 comentários:

Maria Cristina disse...

Trata-se de um caso que merece reflexão, pois em princípio a justificativa (ideológica por certo) é a da flexibilidade maior no atendimento, a maior racionalidade nos custos uma vez que as empresas vão procurar lucro aprimorando os meios (melhorando o serviço?). A pretensa racionalidade se esvai nos apadrinhamentos, falta de transparência, falta de participação, de modo que a participação possível se limita a negar o projeto. Merece, portanto, mais reflexão.

Voz(es) & Fato(res) disse...

Olá Cristina, creio que esse modelo (ou sua gestão) não é eficaz ao que se propõe. Em uma realidade como a brasileira e, particularmente como a nossa, onde se tem um grande histórico de corrupção e de impunidade, não há como colocá-lo em funcionamento, e talvez mesmo se quer em discussão. Creio que tentativas de gestão coletiva (do sistema e dos serviços - unidades de saúde, hospitais, etc.) que realmente sejam partilhadas com os trabalhadores da área, com os usuários e com a sociedade civil organizada, podem se mostrar menos problemáticas... e que valeria a pena se fazer tal investimento... também, e fundamentalmente, relacional.
Obrigado pela visita.

Anônimo disse...

Por outro lado, há a questão pertinente de o Estado eximir-se de dispêndios, liberando recursos para o setor privado. É preciso reduzir impostos para liberar para a iniciativa privada, de modo que isso também faz parte da luta pelos recursos econômicos, na perspectiva de Bourdieu.