terça-feira, 26 de janeiro de 2010

BARULHO DO MAR






Estive lá mais uma vez, e as coisas não são como antes. E nem poderiam ser... Elas são como são. Como merecem e desmerecem ser... Elas são e estão ao capricho dos que lá passam ou ficam pra viver...

É paulista querendo suco de muruci sem açúcar. É Paulo como guia na trilha de Fortalezinha. É paulista dormindo de repelente, mas que ainda sente a ilha no tempo daqueles a quem quer evitar...

É Dodó dando dados pra pesquisa. É dádiva desinteressada aos raros desinteressados que por lá se interessam... de meia veia antropológica.

É primote que promete aconchego. E ABC que quer dar sossego... É cachorro que não ladra, mas morde se for tirado do sossego e do aconchego que não lhe foi dado...

É local onde só se faz xixi. E não se pode fazer cocô. É local que se cobra taxa de embarque, mas que não chega ao Lembrança, mesmo que ele tenha o Poder da Fé ao seu lado... E sempre clame: “Deus é meu Rei!!!”






É lugar do Flor da Ilha e do Tulipa, e de tantos outros que recebem e atravessam os que preferem a marola do canal a ter que nadar pro outro lado pra ficar com a Princesinha, mas que voltam e contam com o Lenda porque o sol virou brasa na brisa do Equador.



É caga n'água, é voador e é periquito verde em desventuras no Barulho do Mar... Antiguidade, lá não era posto...

É feijão, arroz e peixe. É carne, salada, arraia... é camarão e charque... E é café...


É brasa que prepara e aquece a xepa da tropa nem tanto de guerra ou de selva que foi acampar...


É café gelado num dia e n’outro também. Mas bem mais quente e receptivo que no dia anterior... É a vinheta que diz “eu acho que tá bom”, e pede pra não apagarem sua Estrela Guia.


É químico com alquimia na cachaça artesanal... de água ardente à jucá e outras ervas nada "mal-ditas"...


É primote que surpreende e agrada ao ser visto de Ensino Médio. É Cocô que é Chico... É Chico que é Cocô e que também é Franchicocô. É Suiça que é francesa, mas vê, deseja e revela em português...


É nativo que diz ser Paysandu, mas que também é Remo... E que se confunde com o filha na hora de negociar valor... É a filho nativa que também se diz francesa e que pensa sua beleza ser de natureza da Princesa. Parecem viver na Mithologia... de Maiandeua.




É Chico, dessa vez o Braga, recusando um café... ele já tinha tomado e estava de volta!!! É Aurélio passando um... ao sabor do Barulho do Mar. É reconstrução repensada que sai do impensado!!!


É isso e muito menos que não se pode imaginar!!!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

BELÉM

Belém,
cidade de povo hospitaleiro,
de povo caboclo, bregeiro e honesto.

Belém,
da Belle Époque
e do agora,
do presente que mereces ganhar.
Mas que também mereces perder.

Belém,
que circules nas bocas dos que te cantam
em prosa e verso;
e que tuas chuvas e águas levem aqueles que te maldizem
e te maltratam
pra longe de todos nós.

Belém,
quantos anos tu completas,
se não contemplas as margens do rio Guamá?
Ele é teu berço e tua morada,
teu guardião e tua sacada...

Belém,
vem Belém
vem pros braços de teu povo
vem cá, pra ficar mais um dia...
uma eternidade que há de sobrepujar
os que te não querem
como nós queremos.

PARABÉNS BELÉM - 394 anos